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quinta-feira, 2 de maio de 2019

RESPINGOS CELESTIAIS

















Gotejam notas musicais
Sob o telhado encardido
De acúmulos ancestrais
A ilusão do tempo ali se esquece
Essa mesma água que me derrete
Desaba-se num uníssono de prece
Ao avesso lembro que esqueço o que interessa
Tudo que me era pressa já nem mais se apressa
Um apreço em meu ouvir travesso me atravessa
Nessa persistência sonora se precipita meu agora
Essa cadência que se chega assim já indo embora
Traz a consciência que tal estopim é sorriso lá fora
O que quer que me preencha só mesmo me revigora
quando antes me esvazio da impaciência que apavora
Portanto me fantasio em aparência ao estilo pandora
O encanto me decora numa insistência que implora
E no entanto me enfeita com a essência que me aflora
Todo espanto na perfeita inocência do mundo afora
A chuva me despe e espreita, me respeita e me incorpora

sexta-feira, 8 de março de 2019

O QUE QUER QUE NÃO DESVIE























Seja lá o que for que inicie o nascimento de uma amizade
impossível pressupor o acontecimento duma cumplicidade
essa origem ninguém exprime qual movimento os propicie
o que quer que os culmine num pertencimento que os associe
nada requer que os ensine nenhum entendimento que sacie
então não desatine a buscar um conhecimento que evidencie
emoção exprime-se sem revelar o que por dentro se comprime
locus atemporal de compartilhada invenção de um só sublime

sábado, 26 de agosto de 2017

MORADA





















A minha casa é muito espaçosa
e cheia de vida, tem até horizonte.
Porque eu moro no meu olhar.
Moro até onde alcançar o distante
e posso até beber água da fonte
E tudo por onde vejo sei que resido.
Mas alguns cantos do meu lar
são muito tristes, cheios de resíduo
É muito difícil conseguir aceitar
a miséria de alguns vizinhos implorando
como dói vê-los esmolar se humilhando
Ainda bem que tem também por lá
um gigantesco quintal, é mesmo enorme
até montanha consegui plantar nele
adoro passear nelas até que as contorne
Mas é mesmo uma baita de uma pena
que destrói justo a região mais serena
Pois há infestação de cupins de metal
algumas estão instaladas de modo tal
que não há mais quem que as reforme
suas encostas arranhadas de asfalto
a tornam, de longe, um tanto disforme
desde suas bases até mesmo no alto
Com pragas roncando seus motores
e buzinas sempre emitindo poluentes...
Meu lar tem muitas janelas diferentes
de algumas eu contemplo até sabores
mas outras vejo mesmo apenas dores
Ah, quase esqueci de dizer o mais legal
Eu tenho criação de todo tipo de animal
Por exemplo, adoro assistir as andorinhas

Eu as crio soltas em seu habitat natural
assim como para todas outras criaturinhas
e sou tão apaixonado por quase todas elas
Fico admirado como algumas são tão belas.
Tenho ipês de flores roxas, outras amarelas
E embora tenha um mundaréu de vizinho
É cercado deles que sinto-me mais sozinho
Pois é justo o silêncio que está quase em extinção
e parece que ninguém quer dar a mínima atenção
Por isso meu quarto fica bem numa cachoeira
Só assim que me escondo de tanta barulheira
Eu não tenho piscina pois prefiro mesmo o mar
Ele tem um dom especial, capaz de me acalmar
Eu fico sempre em casa, pelo dia todo, tudo são meus lares
E eu me sinto muito bem, porque moro em todos os lugares




sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ABRAÇO DE OXÓSSI






De tempos em tempos me acontece de eu sentir uma capacidade de saber de um montão de coisas sem saber exatamente como isso acontece. São informações que enxergo com precisão. Informações muitas vezes bem detalhadas e que momentaneamente me ocupam por inteiro, ultrapassando a necessidade de ter que desenvolver quaisquer raciocínios, sem nem perceber como ou quando essas formulações linguísticas e construções retóricas são produzidas, elas simplesmente me aparecem, prontas e pré determinadas como as palavras de um livro que nunca li.

Esses conhecimentos que transmito, em geral, independem completamente de, por exemplo, eu possuir alguma experiência prática no assunto em questão, seja por lembranças recentes ou acontecimentos muito antigos. Tampouco dependem de algum estudo prévio meu qual justifique o conteúdo e a clareza como transmito esses saberes. Me são espontaneamente aflorados numa lucidez tão ampla, com tanta propriedade e plena certeza, que mal parecem terem saído de dentro de mim, como a catarse na voz de um compositor no ato do improviso inspirado de suas criações artísticas.

E sabe que eu mesmo também aprendo muito com tudo isso que eu então comunico à certo alguém. Eu me ouço surpreso e atento, observando meu estado de espírito diferenciado, de uma sensação calmante em simbiose e aceitação, uma comunhão destemida com o universo, numa entrega total à realidade presente tal qual ela vai se me apresentando.

São fenômenos misteriosamente imprevisíveis e incontroláveis, que me acompanham a me surpreender e instigar desde o mais longínquo alcance de minhas memórias. Me é como uma espécie de segunda natureza, que ao mesmo tempo sinto me habitar nas profundezas, mas também de certa forma independente, separada de meu ser, é uma inefável espécie de luz externa e invisível que acompanha minha personalidade sem fazer parte dela propriamente, apenas presente, constante e discretamente ali, por toda a vida...


Por muito tempo muitos me perguntaram, curiosos, e eu mesmo espantado já também tanto me indaguei; que acesso será esse que, por ventura, se desabrocha através da minha consciência, com essa absoluta naturalidade e segurança? Como e por quê essas janelas de conhecimento se-me abrem assim, sem me exigir qualquer tipo de esforço mental, sem nenhuma motivação interior minimamente perceptível? Nem mesmo posso compreender algum propósito lógico e circunstancial que dê algum sentido à estes momentos enquanto eles se desencadeiam?

Acontece sempre de maneira inesperada, nunca planejada, de forma alguma, quase que dissimuladamente. É como uma vontade obstinada que me é subitamente despertada antes mesmo de eu conseguir racionalizar. Mas sempre sinto que essa intenção me adorna confortável e me conduz harmoniosamente, sendo ao mesmo tempo séria, leve e benevolente. Sempre tão segura, como que ciente de certas nuances existenciais que me escapam totalmente, extrapolando as dimensões de minha consciência humana. É como vislumbrar um além-horizonte e poder enxergar o depois no meio da complexidade das correntes oceânicas inquietas, interpretar previsões capazes de conduzir um certo destino preciso, fundamental à teia das possibilidades simbióticas na conexão de causa e efeito do coletivo planetário. Camufla-se nos ínfimos e mais imperceptíveis movimentos banais do dia-a-dia no decorrer do espaço-tempo.



Quando enfim retomo o controle dos meus pensamentos, me aproprio novamente da minha voz, meu auto-controle, meu consciente, percebo que, geralmente, exprimo determinadas chaves que abrem epifanias naqueles à quem me comunico, mas que também me transformam junto, me fazendo redefinir certas concepções sobre quem sou e qual o sentido maior da vida.

Mesmo sem qualquer esforço investigativo, consigo então desvendar o que descubro ter sido um mistério somente após a análise do que acabara de ser revelado por meio de palavras de simples compreensão, idéias que por ainda desconhecidas, são aparentemente duvidosas, mas que podem ser plenamente comprovadas sempre quando apuradas posteriormente.

Considero este mais um dos inúmeros mistérios da consciência humana, mais um dos tantos fenômenos que ainda carecem de explicações resolutas. Ainda não comprovável de maneira científica, capaz de ser apreendida pela razão pura e simplesmente.

Todavia, não faz muito tempo visitei, dentro de um quilombola, uma linda e tradicional comunidade candomblezeira. Foi onde tive o prazer de conhecer um sorriso doce à quem chamam de Pai Paulo. Foi durante seu famoso jogo de búzios que, antes mesmo que eu o perguntasse, ele foi logo me respondendo: que minha origem é marítima, de Iemanjá, mas que também sou filho de Oxóssi, e que portanto muitas vezes sei de coisas que não sei como as sei. Aos olhos dele, que brilham de fé, isso explica e encerra o que me parece um insolúvel mistério, como se fosse algo completamente óbvio, natural da ancestralidade histórica da natureza humana. E ao ouvi-lo, senti como se ouvisse à mim mesmo. E mais uma vez ele me respondeu com prontidão certeira antes mesmo que eu conseguisse formular uma pergunta: não sou eu quem está lhe dizendo isso, meu filho, fique tranquilo, isso tudo é só abraço de Oxóssi, e ele sempre sabe o que faz, não se preocupe.


E sem perceber, respondi de imediato num tom familiar, chamando ele de Pai Paulo sem pensar duas vezes, e foi como se já o conhecesse desde sempre, um sempre intradutível à filosofia do pensamento essencialmente cientifico.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

GRATO


















Já há alguns dias sinto como se estivesse a distribuir afagos por sobre as belezas deste planeta que me habita, como se estivesse a abraçar o mundo no simples ato de observá-lo com aventura e admiração.

A chuva  acariciando a terra, o vento se enroscando de carinhos por entre as folhas das árvores, o rio deslizando ternura por sobre as pedras; e uma libélula parecendo libertar perdão ao pousar justo na mão que segurava a caneta tão logo comecei a escrever aqui esse inesperado devaneio, e ainda agora ela jaz serenamente, se deixando conduzir pela dança de minha escrita, completamente paralisada em total entrega. Foi como se sua presença estática capturasse a magia que percorria-me, confirmando a simbiose universal de meu momento de contemplação. E por vezes ela vibrava as asas e eu sentia eternizar-se em meu âmago aquele instante inefável qual eu tentava traduzir em palavras...

Acolhi o momento, os cheiros, os sons ao redor misturados aos batimentos do meu coração. Eu mal conseguia me mover, apenas observava como se meus olhos enxergassem toda a cena pelo lado de fora da janela. E então em pensamento novas palavras iam eclodindo espontâneas, e logo prossegui preenchendo as linhas vazias numa cadência de absoluta naturalidade.

Que faz o meu olhar além de inventar belezas nas paisagens sobre as quais passeia? E que fazem as paisagens se não a reinventarem-se belas, pois, minuto após minuto?

A valsa dos vaga-lumes à preencher a escuridão da noite fazia as estrelas parecerem ainda mais vivas enquanto eu ia absorvendo seus mistérios com um sorriso inescapável desabrochando ao canto de meus lábios.

E que sentimentos mais poderia eu inventar para me adornar com o frio ameno que descia trazendo a umidade perfumada das florestas ao redor? Decidi permitir que meus pensamentos então desabassem inconstantes como pétalas que se desgarram de uma rosa desabrochada em seu apogeu.

Até mesmo respirar a mistura dos perfumes da madrugada fazia confirmar a paz do silêncio em minha calma. Apreciava a sutileza de minhas emoções desnudas, como se mesmo ali no miolo da serra, naquele vale cercado de montanhas, eu recebesse acolhimento ao ser envolto num abraço reconfortante do oceano pacífico.   

E nem mesmo a saudade me doía. Viver me vestia confortavelmente. Respirar era como misturar minhas águas doces no encontro com a foz do mar aberto à que sempre havia me destinado

Nem precisaria, pois, sonhar. Apenas estar já me transbordava...





terça-feira, 1 de agosto de 2017

O Despertar de um Pertencimento


































As nuvens densas que por muito tempo carreguei, agora, debruçadas em meu peito, derramam-se numa precipitação absoluta e total, desde o sentimentos mais óbvio e banal, até os imprevisíveis enigmas da comoção que, imprevisível, aceita-se em seu impulsivo estado natural. Chuva tropical, que sou, escorre-me qual orvalho deslizando à pétala da pele em que vestido estou: minha superfície, à mostra, intrépida e ainda assim leve, tão ousada e breve, tão exposta, se solta e só assim recebe...

Gotejam certas emoções ácidas com o fervor duma tempestade elétrica, seus rios transbordam, fendas que escorrem, varrendo qualquer sofrência esquecida ou até mesmo ainda inédita. Contornando pedras, sigo por corredeiras e cavernas, até desaguar tal fluxo em fusão com o inescapável oceano, o alívio de seus mistérios, seu desmesurável tamanho em movimentos inconstantes porém sérios. Dissipa-se num timbre uníssono sem deixar vestígio de quaisquer aflição patética. Pertencimento é a aceitação profética do desconhecido passo que dança, caminhante, por música exotérica


Amanheço com o verde da paisagem ainda desbotada pela fria névoa da madrugada, nua e agitada. Ainda ecoa cada trovoada, reverberando insistentes sonhos que sobrevivem inclusive às dimensões de memórias oníricas e talvez também inventadas.


Sinto os poros abertos e um vento úmido me abraça cuidadoso, me cobrindo com um manto de fragrâncias tão evidentes, fatídicas, diversificadas, o toque cheiroso de atmosferas misturadas  ... Por entre espanto e surpresa, relâmpagos anunciam resquícios de lembranças vivas, experiências a serem revisitadas no vendaval que madruga pelas estradas coletivas...


No agora me deito e me deleito, pois que tempo é só  travesseiro onde recosto confortável o meu pensamento, sem pressa pra que seja interpretado. Pois que vejo então um imenso lençól azul vir me cobrir todo de azul aberto, céu limpo e impecável, gasoso deserto.


Sinto pois, de poro em poro, renascer e revigorar minhas intenções, bem perto, em novas motivações, redespertando tudo que acreditava saber no tecido do destino, qual nos permite criar ao crer.


E o novo se renova sempre que de novo. Vou de encontro ao bem estar desses desejos precisos, preciosos anseios decisivos. Nessa locomotiva de minhas querências, hoje restauradas no arco-íris do horizonte em meu olhar aprendiz, ponho lenha e assopro feliz, aprendo a meditar na raiz, seja qual for o lugar, não me interrompo, olhares atentos e certos, deixam estar meus sorrisos bem abertos.


Acredito e portanto arrisco, me apavoro sim, mas insisto tanto quanto me convenha, desde que eu creia, tudo posso vivenciar, no universo, o inacessível é mera utopia, latente, delira, esperando o dia em que vai desabrochar...

domingo, 11 de dezembro de 2016

O COLETIVO DE UMA INSTÂNCIA








Há 31.530.000 segundos em um ano
e mil milissegundos em um segundo;
um milhão de microssegundos
e um bilhão de nanossegundos.

A única constante que nos trança,
ligando os nanossegundos aos anos,
é a iminência avante, a MUDANÇA.
O universo, em unísona ressonância,
do átomo à galáxia,
existe em perpétuo estado de fluxo,
no qual, todos nós, por ele flutuamos...

Mas nós, animais humanos,
não gostamos das mudanças.
Instintivamente nós tentamos
já justificar nossas lembranças.
O intelecto em que habitamos
procura preservar certezas,
verdades em que acreditamos.
Lutamos contra incertezas
Mas só porque nos assustamos.

Numa agridoce catárse
a mente tenta se silenciar.
E por isso é que em nós aflora
a ilusão de uma estase.
Nós só queremos acreditar
em um mundo de repouso
dentro desse universo do agora.
E o nosso grande paradoxo
permanece, e ainda nos devora:

No momento em que
alcançamos o presente,
esse mesmo momento
já não existe mais...
Incansável, sempre se revigora.

Nos atemos a memória,
agarrando-nos a imagem,
estaticamente, um singular
que não existe realmente.

Porque vida só é composta
por imagens em movimento.
Cada nanossegundo
é diferente do outro,
ininterrupta e eternamente,
move-se o mundo...
Descortina-se um sinal

O tempo nos obriga a crescer
e a nos adaptar, à todo instante,
aos diferentes novos espaços
que ocupamos na teia vital.
Onde quer que estejamos,
o que quer que façamos,
como quer que vivamos,
cada aqui é inédito e único:
independe o que acreditamos.
Nada, nem ninguém é igual...

Porque toda vez em que
piscamos os nossos olhos
o mundo se altera, é natural,
sem que sequer percebamos.

E, inerente à ignorância total
de que nós, inevitavelmente,
estamos sendo transformados
numa constante consonância
com essa fluidez de um todo,
mergulhados no infinito à volta,
a vida acontece, esplendorosa,
como o pólen quando se solta,
aquela emoção mais fervorosa.

Uma só onda. Um movimento.
Mas infinitas gotas aglutinadas
em uma única sopa oceânica
de experiências interconectadas,
e coordenadas pela mecânica,
reações sendo desencadeadas;
de asas de borboleta, o vento...

A luz é uma explosão que avança,
fagulha de uma erupção em dança.
O sol é a sua criação,
a música que conduz
essa íntegra conexão,
que não traduz qualquer distância.

Portanto
e,
por... Tanto!
Essa é minha reflexão:

Somos; coletivo de uma instância.

Todos e tudo têm sua importância

Todo dia, todo momento,
todos os nanossegundos,
o mundo, bem atento, muda.
Ventos que nos trazem ajuda...

Elétrons se esbarram por aí,
e reagem, links profundos.
As pessoas colidem entre si,
e se encaram, e se disparam, soltas,
alterando os rumos umas das outras.

Mudança não é fácil:
É alicerce em edifício
E muitas e muitas vezes
é desgastante e difícil
conhecer nossas sedes.

Mas, talvez, isso seja uma coisa boa.
Talvez alguém veja que nada é à toa.

Porque é a mudança
que nos torna mais fortes.
Cria-se perseverança
até que suturem os cortes.
Ela nos mantém bem resistentes
E nos ensina a evoluir
Nos empurra, à seguir
pelos caminhos mais resilientes…

Tudo está em em transformação,
e para que possamos nos sentir
precisamos sintonizar o coração,
e fazer planos, basta se permitir...

Não dá para deixar de pensar
quanta diferença
uma pessoa faz no mundo...
Nós olhamos para dentro
de nós mesmos, profundo
questionando um intento:
se temos a capacidade
de um heroísmo, ou de uma grandeza.
Se nossa real identidade
não se perdeu buscando sua natureza.

Mas a verdade é que toda vez que agimos
causamos um impacto, de qualquer jeito.
Cada coisa que fazemos, tem seu efeito
nas pessoas ao nosso redor, as atingimos.
Cada escolha que fazemos, e por direito,
têm consequências pelo mundo: destinos

Nossos menores atos de bondade, amigáveis
podem causar uma reação em cadeia enorme,
com benefícios imprevisíveis, e inimagináveis
para pessoas quais nunca saberemos o nome...

Muitos mistérios nunca nos serão revelados
Mas sempre tecem
meio à esmo...
Nós podemos não testemunhar os resultados
Mas eles acontecem
assim mesmo…

Uirá Felipe Grano Gaspar - 11.12.16